quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Das coisas que não devem ser ditas.

Hoje me peguei pensando que o meu grande erro esse ano, foi falar demais.
Falar demais de um sentimento, falar demais das dores da alma... falar além da conta mesmo.
E por ter falado demais, me precebi mais racional, e toda essa minha racionalidade serviu para matar muita coisa. é que diferente de muitas pessoas, eu não consigo fingir que meu mundinho é cor de rosa, tapar os olhos e imaginar que quem está do meu lado me ama incondicionalmente... ou que amo incondicionalmente, viver essas pequenas mentiras diárias...
Foram tantas porradas, tantas... que hoje acho que nada mais me machuca... a morte do meu primeiro amor, o apartamento que não foi comprado pq na hora do "sim" aquele cara desistiu, o telefone que não tocou por duas semanas pq outro cara já estava namorando outra, o cara simpático e educado que já era casado... preciso de mais?
SIM, EU PRECISO!
Porque eu amo o fato de estar viva, porque eu amo o fato de não estr dando certo e procurar uma melhora considerável.
O mundo é muito foda, as pessoas vão te decepcionar, arrancar um pedaço de vc e deixar um buraco a mercê da sorte. Sim, isso vai acontecer, mas me trancar em casa e fingir que "tudo vai indo bem" não me salvará.
O último cara antes do Artur recebeu por e-mail: Seja feliz. Mas saiba que te amei. Muito.
E amei mesmo... foi louco, rápido, aventureiro (como meu ascendente em sagitário)... mas foi real, foi sincero e tudo isso sem poder... e mesmo assim não foi menos ou morno.
Talvez eu não devesse ter dito para ele sobre o amor, mas sabe aquelas coisas que não precisam ser ditas? Mesmo sem eu falar, sei que ele já sabia.
Mas ainda assim eu disse.

E agora eu espero mais vida... por cima, por baixo, pelos lados, por dentro...
Porque agora não apenas digo... eu desfruto, eu toco, amo, cheiro, afago....
Porque o dia de amanhã eu pouco sei... mas enquanto eu souber que o tenho por aqui, terei intensamente.
#4 ... amo!

“E há uma grande vontade de viver, todo o nosso ser pede para viver, e, inflamado com a esperança mais ardente, mais cega, o nosso coração parece desafiar o futuro, com todo o seu mistério, com todo o desconhecido, ainda que em tempestades e tormentas, contanto que isso seja vida!”

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