domingo, 17 de janeiro de 2010

E eu parapapapa gostava tanto de você...



Queria me desligar dessa história que começou a ser escrita exatamente há um ano.
Essa hora eu já estava sentada na varanda tomando vinho com minha irmã, segurando a toalha branca que ele jogou do palco pra mim, arrisquei e chamei pelo rádio... uma voz calma e animada disse entre outras coisas:

- Sexta eu quero te ver. Um beijo pra sua família. Fica com Deus.

Um ano depois, eu seguro uma lágrima que teima em cair, eu deveria deixá-la cair sim... como forma de homenagear tudo que fomos.
Acho que esse tipo de amor é o mais difícil de ser desligado, porque foi conquistado nos pequenos gestos, nas pequenas atitudes.
Nossa!! Como eu gostei daquele cara. Sinto até um aperto no peito só de lembrar... um aperto na garganta também.
Tenho certeza de que não vivemos tudo que tínhamos pra viver... sabe quando a gente tira o bolo do forno antes da hora? Quando o tempo só escurece, mas não chove?
Fica pela metade.
Sinto que abuso das palavras quando falo da saudade que ele me desperta, fica clichê por ser constante.
Lembro de quando antes do primeiro beijo (em pleno carnaval) ele me disse o tempo ia parar. Naquele instante eu girava, hoje não há mais esse movimento, estou estática buscando apenas uma linha reta, mesmo não gostando de andar assim.
"Meu carnaval jamais será o mesmo sem você"

Ele vive uma outra realidade ou continuo com meus sonhos grandes, aguardando o capítulo em que ele sairá de cena. Acho que vai demorar.
Sinto que fomos infantis, nos aborrecemos com coisas que não causamos, mas que nós tinhamos que pagar o preço delas... foi caro. Muito caro.
Banho bem quentinho para levar as lágrimas, deixei-as cair... preciso sentir que tudo acabou, aceitar que tudo aconteceu na hora errada.
E que nossa estória agora é só estória.

"Dei um aperto de saudade no meu tamborim"

"Se queres partir ir embora
Me olha da onde estiver
Que eu vou te mostrar que eu to pronta
Me colha madura do pé"


2 comentários:

Camila Francini ..εїз.. disse...

Parece que vivemos momentos iguais sempre!

É dificil desapegar, é dificil dizer um até logo ou até mesmo um Adeus.

Mas as vezes é mesmo necessario...
O tempo vai curar toda essa dor...
beeeijos, meu bem.

Carolina Augusta disse...

minha nossa...

o tempo voa né???
escorre pelas maos....

será que ainda nos resta forças pra nos permitir?????


eu gosto de ter histórias pra contar e relembrar, mas ando cansada dessa coleção de "contos".

o real precisa vir urgente...

um bjo irmã