sábado, 23 de janeiro de 2010

Das paradas

Precisava urgentemente parar e observar.
Então parou e observou, reação tipicamente virginiana.
O que viu não agradou... uma bagunça, tudo fora de ordem, tudo deslocado... 
Como a gente faz pra perdoar o imperdoável?
Como a gente faz pra não complementar toda essa bagunça com uma confusão louca de sentimentos ruins?
Ele era o príncipe, mas resolveu atuar como o bobo da côrte...
Ele provocou essa bagunça dentro dela... e dentro dele também está assim.
Só que nela doeu ser deixada como uma criança sozinha numa multidão, mesmo que sem poder, ele dava um rumo na vida sem graça dela.
Não demorou muito para as pessoas engrandecerem sua coragem, sua força, sua garra, seu profissionalismo, suas capacidades, sua beleza...
Pra que tudo isso se ela só queria viver?
E o que ele queria viver? 
E de repente, não mais que de repente, aquela alegria toda foi substituida por um semblante fechado, ríspido, cansado... ele ficou diferente também.
Ela pode mudar e ser melhor, ele será sempre aquele cara que teve a possibilidade nas mãos, mas não fez absolutamente nada...

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Carta de adeus à Psicologa do Esporte e aos atletas.

Minha querida,
chegou a hora do nosso adeus.
Confesso que sentia que ele estava nos rondando e me sentia assustada por isso... o fim sempre deixa algum rastro, nos proporciona algum sinal.
Lembro da primeira aula de quinta - feira na faculdade com o Marcelo Beckert, e durante a nossa apresentação, Roberta me apresentou e disse:
- A Mariana quer ser psicóloga esportiva.
Era a delícia dos meus 20 anos e do primeiro semestre, já que optei por não entrar na faculdade assim que deixasse o ensino médio.
Marcelo me olhou nos olhos, sorriu e desde aquele dia sempre que nos encontrávamos no corredor e ele cantava "pan pan pan paaaaan" e fazia embaixadinhas. Marcelo faleceu no final daquele semestre e eu perdi um dos meus grandes incentivadores.
Depois veio Renata, parceira que me chama até hoje de "fiel escudeira" e hoje só escrevo abertamente sobre nosso fim porque já comuniquei essa decisão para ela.
Manoel voltou de Ohio disposto a me adotar como pupila, trabalhamos juntos no basquete, foi demais.
Ronaldo eu jamais esquecerei, um dos melhores técnicos de basquete do Brasil, mas que optou por uma carreira acadêmica e eu aprovo. Ronaldo me colocou para dar aula na Universidade Católica de Brasília, sentar no banco o durante os jogos... ele se importou comigo, ele acreditou na gente como os outros citados acima.
Só que nós não podemos mais continuar.
Eu preciso crescer em vários sentidos e dessa vez eu aprendi que ser honesto e viver dessa forma vale muito!!!
Acontece que no Brasil as pessoas se esquecem que para chegar no outro lado da margem é preciso nadar.. e que esse percusso é muito importante, juntamente com os fatores que o cercam...
Não há muito lugar para a gente entende?
Então preciso te deixar... preciso me desligar desse amor platônico tipicamente adolescente que sinto que nutri por você todos estes anos.
É inadmissivel que haja essa desvalorização por pessoas que não apresentam qualquer tipo de deficit intelectual ou cognitivo, apresentam na verdade um deficit emocional que fica claro quando chega a hora de competir, mas talvez seja feio admitir fraquezas e receber ajuda especializada... os seres humanos ainda são muito complicados.
Por isso, quero trilhar outro caminho. Quero ter meu trabalho valorizado por quem realmente assume que precisa do meu esforço.
Hoje, vou embora de forma leve, sabendo que fiz tudo que podia para que você fosse valorizada junto a mim.
Eu desejo que você cresça e se mostre cada dia melhor. Eu infelizmente não posso mais te acompanhar e esperar por esse dia.
Aos atletas... sou capaz de lembrar de cada um deles, principalmente no último jogo quando ** José, Pedro e Daniel ** me agradeceram por tudo que fizemos por eles naquele campeonato.
Sou eu que agradeço a cada um desses atletas que em nenhum momento deixaram de acreditar em mim, até aqueles que me receberam com um certa desconfiança e receio. Provei muito para eles, quebrei reações adversas com um simples sorriso.
Foi mágico.
Mas vamos seguir um caminho mais real e estável, mesmo que não seja estável emocionalmente, pois ai está a grande sacada da criação do vínculo terapeutico na minha opinião, também precisamos entregar um pouco do nosso coração para que o processo terapeutico seja iniciado.
Obrigada de coração por tudo.
Adeus,

Mariana Moura

** Nomes alterados para sigilo da identidade **

domingo, 17 de janeiro de 2010

E eu parapapapa gostava tanto de você...



Queria me desligar dessa história que começou a ser escrita exatamente há um ano.
Essa hora eu já estava sentada na varanda tomando vinho com minha irmã, segurando a toalha branca que ele jogou do palco pra mim, arrisquei e chamei pelo rádio... uma voz calma e animada disse entre outras coisas:

- Sexta eu quero te ver. Um beijo pra sua família. Fica com Deus.

Um ano depois, eu seguro uma lágrima que teima em cair, eu deveria deixá-la cair sim... como forma de homenagear tudo que fomos.
Acho que esse tipo de amor é o mais difícil de ser desligado, porque foi conquistado nos pequenos gestos, nas pequenas atitudes.
Nossa!! Como eu gostei daquele cara. Sinto até um aperto no peito só de lembrar... um aperto na garganta também.
Tenho certeza de que não vivemos tudo que tínhamos pra viver... sabe quando a gente tira o bolo do forno antes da hora? Quando o tempo só escurece, mas não chove?
Fica pela metade.
Sinto que abuso das palavras quando falo da saudade que ele me desperta, fica clichê por ser constante.
Lembro de quando antes do primeiro beijo (em pleno carnaval) ele me disse o tempo ia parar. Naquele instante eu girava, hoje não há mais esse movimento, estou estática buscando apenas uma linha reta, mesmo não gostando de andar assim.
"Meu carnaval jamais será o mesmo sem você"

Ele vive uma outra realidade ou continuo com meus sonhos grandes, aguardando o capítulo em que ele sairá de cena. Acho que vai demorar.
Sinto que fomos infantis, nos aborrecemos com coisas que não causamos, mas que nós tinhamos que pagar o preço delas... foi caro. Muito caro.
Banho bem quentinho para levar as lágrimas, deixei-as cair... preciso sentir que tudo acabou, aceitar que tudo aconteceu na hora errada.
E que nossa estória agora é só estória.

"Dei um aperto de saudade no meu tamborim"

"Se queres partir ir embora
Me olha da onde estiver
Que eu vou te mostrar que eu to pronta
Me colha madura do pé"


terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Do que me encanta.

Ando numa positividade louca!!!
Sorrisos saem naturalmente e de graça!!!

Tô amando tanto viver que fico até com medo, sabe?
Tá tão bom...
Meus dias estão repletos de fé e preces.

Uns dias antes, ainda em 2009, eu achava que no dia 4 de janeiro eu ia derreter de tanto chorar... um no que eu estava indo morar em São Paulo... e nada deu muito certo, nada mesmo! 
Mas valeu a pena... aprendi tanto na cidade cinza.

Só falta um escapulário.. dei o meu de estimação para um carinha ano passado e ele perdeu...affff!!! Se arrependimento matasse, tava caída já!

E como escapulário tem que ganhar, tô deixando a dica para as amigas...rs

Vamos que vamos!!!

sábado, 2 de janeiro de 2010

Do que não faltará!

Tudo que supostamente fará bem e não machuque, merece ser arriscado.

Banho "Sai Zica".
Fitinhas de várias cores amarrada na calcinha.
Sete uvas (sem caroço, porque eu sou fresca e engasgo).
Motivação ao extremo.

Acho importante esse sensação e a possibilidade do recomeço que só a virada do ano nos oferece. No meio do caminho pode pintar, mas não há essa celebração e essa positividade. 
Fechei bem o ciclo de 2009! Ufa... foi tão penoso. Mas fiz minha parte todas as vezes, até o último minuto.
Não quero limitar minhas emoções em 2010, a vida nada mais é do que viver cada coisa que acontece. 
Quero pisar em solo firme que aguente os meus passos e se possível me acompanhe.
Quero criar expectativas mesmo que não dê em nada, acordar e dormir sonhando com um sorriso e não me punindo quando isso vier a acontecer.
O mundo está cada dia mais vazio de sensações e surpresas deliciosas, de coisas simples, quero cooperar para que ao menos as pessoas que estão ao meu alcance não sejam afetadas por essa sensação.

QUERO ME EMBRIAGAR DE VIDA E DE MOMENTOS INESQUECÍVEIS...

Seja bem vindo 2010!